XXVII Simpósio Nacional de História

Sites importantes para acessar

Todos os dias a Jornalista da Prefeitura Municipal de Maracaja Itaionara Recco posta textos e imagens da cidade de Maracajá. Confira as notícias no site: http://www.maracaja.sc.gov.br/
Fone: (48) 3523-1111

Você pode acessar o Currículo Lattes de Lúcio Vânio Moraes no site: http://lattes.cnpq.br/0332685532282610

Acesse a Plataforma Lattes: http://lattes.cnpq.br/

Você Pode acessar o Currículo do Dr. Artur Cesar Isaia no site: http://lattes.cnpq.br/9893470314100775

Acesse site Saulo Machado: http://www.saulomachado.com.br/

Acesse site MEC: http://www.mec.gov.br/

Acesse site SED: www.sed.sc.gov.br

Acesse site da Assembleia de Deus em Maracajá: www.admaracaja.net

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www.adcriciuma.com.br

Acesse site da Rádio Vertical 97.7 FM: http://www.vertical977fm.com.br/

Fone:
(48) 3045-4390

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Adquira seu Livro "Memória Escolar e Campo Religioso"



O novo Livro do Historiador e pesquisador Lúcio Vânio Moraes está sendo comercializado no site da editora Insular de Florianópolis com o preço de catálogo R$32,00 no endereço: http://www.insular.com.br/product_info.php?products_id=630&osCsid=d3b03ca5a8afcdade4c108d54c537fd5




Também encontramos exemplares nos comércios da cidade de Maracajá, Araranguá, Criciúma e Florianópolis.




Você pode adquirir também diretamente com o autor no telefone: (48) 84291760 ou pelo e-mail: lucio.v.m@bol.com.br , ou por esse endereço.




Fotos do Lançamento do Livro de Lúcio Vânio Moraes dia 20 de Dezembro de 2010






Público no lançamento do livro de Lúcio Vânio Moraes
Superou as expectativas


O número do público que prestigiaram o lançamento do livro de Lúcio Vânio Moraes ocorrido no centro de convivência da 3ª Idade dia 20 de dezembro de 2010 superou as expectativas do autor. Estavam presentes aproximadamente umas 120 pessoas. Vieram os primeiros professores que trabalharam no educandário Manoel Gomes Baltazar entre os anos de 1959 até 1976. Também autoridades políticas municipal como o prefeito Sr. Wagner da Rosa e vice-prefeito Sr. Everaldo João Pereira, também o Assessor do Deputado Ismael dos Santos, Sr. Ronaldo Alano. O Diretor de Finanças Sr. Antenor Rocha e Diretor do departamento da Educação, Esportes e Cultura Sr. Denner Lucas Casagrande também se fizeram presentes com suas falas magníficas. Estavam presentes também autoridades religiosas, os professores que deram aula para o autor na E.E.B. Manoel Gomes Baltazar e um professor do Departamento do Curso de História da UNESC Sr. Paulo Sérgio Osório representando o curso e o Programa de Mestrado em Educação. Teve também a presença significativa dos proprietários dos comércios e empresários da cidade recebendo os livros que adquiriram antecipados quando ao autor visitava os comércios antes do lançamento do seu livro. Além dessas pessoas, o autor contou com o apoio e a presença marcante do grande público em geral, familiares e amigos em particular do autor. Para Lúcio Vânio Moraes “dos dois lançamentos que já participei esse terceiro ficou marcante para mim. O público atenderam o convite que fiz com muito carinho à comunidade de Maracajá. Fiquei bastante feliz pelo número positivo de pessoas mesmo em uma data e um mês de muitas atividades, o espaço ficou repleto de convidados”.


As vendas dos livros estão ainda sendo realizadas. O autor já está deixando nos comércios de Maracajá e algumas livrarias nas cidades vizinhas para atender o público que não puderam adquirir com o autor antes do lançamento.
Vale lembrar que as vendas também estão positivas. Um dos compradores dos livros do autor foi os comerciantes da cidade. Além também o forte incentivo da administração municipal na pessoa do Sr. Wagner da Rosa que adquirirá livros do autor para serem distribuídos no início do ano letivo para as escolas da rede pública estadual e municipal da cidade de Maracajá para compor o acervo das bibliotecas das escolas.
Os ex-prefeitos, vereadores e diretores dos departamentos da Prefeitura de Maracajá também deixaram sua forte contribuição adquirindo os livros como apoio ao autor.


Autoridades políticas, comerciantes e


pessoas particulares compraram os livros e fizeram doações para a Casa de Repouso “Viver Bem”, “Nosso Lar” e escola Especial de Maracajá (APAE).
Para o autor Lúcio Vânio Moraes o que resta é o agradecimento aos apoiadores. “Sou imensamente grato pelo grande apoio que todas as pessoas concederam a mim em mais uma conquista. Dizer também que este livro é mais um presente que a cidade de Maracajá está recebendo e que futuramente todos nós ganharemos uma pequena parcela do fruto que estamos semeando para Maracajá. Agradeço o envolvimento de todas as pessoas no lançamento, a imprensa, de forma muito especial aos jornalistas Charles de Souza, Itaionara Recco e Gilvan de Franca e por meio deles estender agradecimentos aos demais jornalistas que contribuíram na divulgação dessa publicação e lançamento”.







Convite Lançamento do Livro de Lúcio Vânio Moraes


LIVRO: “Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976


Lúcio Vânio Moraes



Filho de Lorena Duarte e Lúcio Olavino Moraes. Natural de Maracajá-SC, nasceu em 27/7/1980. É Graduado em História e Mestre em Educação pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma-SC. Autor dos livros: “História e memória religiosa: Paróquia Nossa Senhora da Conceição” (2008) e “Maracajá: Outras memórias, Novas histórias” (2009). Atualmente dedica-se ao doutorado em História Cultural na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a orientação do professor Dr. Artur Cesar Isaia. É Bolsista pelo Programa de Bolsas Fundo de Apoio à Manutenção e ao Desenvolvimento da Educação Superior (FUMDES) e membro do grupo de estudo no laboratório de Religiosidade e Cultura (LARC), vinculado ao Departamento de História e Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Santa Catarina.

Desde a Graduação tem se preocupado em pesquisar e publicar trabalhos sobre a história de Maracajá. Pesquisou a história dos evangélicos da Assembléia de Deus em Maracajá no Projeto de Iniciação Científica (PIC 170). Em 2004 na Graduação em História defendeu seu trabalho de monografia sobre a ferrovia Tereza Cristina em Maracajá, abordando as Casas de Turma e outros elementos da ferrovia. No Mestrado em Educação pesquisou educação de Maracajá, Igreja Católica e igrejas evangélicas. Atualmente no doutorado pesquisa sobre Maracajá, Araranguá e Sombrio.
Possui dois livros publicados, publicou artigos em Revistas científicas abordando assuntos da cidade, patrimônios culturais e grupos indígenas Xokleng. Possui aproximadamente 300 textos acadêmicos publicados no jornal Folha Regional que discute a história da cidade de Maracajá e cidades vizinhas. Apresentou trabalhos acadêmicos em simpósios e encontros em algumas Universidades do Brasil.


Objetivo principal do livro:

O livro intitulado “Memória escolar e campo religioso: Identidade e imaginário católico na escola de Educação Básica Manoel Gomes Baltazar- Maracajá-SC (1956/1976) tem como objetivo analisar a presença do imaginário católico em uma escola pública do sul de Santa Catarina (escola de educação básica Manoel Gomes Baltazar), Maracajá, entre os anos de 1959 a 1976. O livro é resultado da pesquisa de Programa de Pós-Graduação em Educação da UNESC- Criciúma-SC, com a orientação do professor Dr. Gladir da Silva Cabral. O Mestrado em Educação teve a duração de dois anos de pesquisa e a dissertação foi defendida em dezembro de 2008. Os professores doutores que participaram da banca de qualificação e da defesa da dissertação foram Dr. Artur Cesar Isaia (UFSC) e Dr. Dorval do Nascimento (UNESC). Esses componentes puderam contribuir para a boa qualidade da dissertação. O livro irá apresentar facetas da história da educação em Maracajá que é composto por entrevistas com alguns estudantes e professores do educandário Manoel Gomes Baltazar no período estudado, fotografias e documentos oficiais coletados nos arquivos da paróquia de Maracajá, Araranguá, Criciúma e Tubarão, bem como no arquivo da escola de educação Básica Manoel Gomes Baltazar, Casa Lar São José, Câmara Municipal de Maracajá, arquivo do Centro Histórico Avetti Paladini Zilli e outros locais.

Metodologia e os capítulos do livro

A metodologia de pesquisa abordada no livro tem por base historiadores e pesquisadores com perspectivas na corrente historiográfica história cultural. Os teóricos principais que deram suporte para entender o objeto de estudo foi o sociólogo Pierre Bourdieu, Peter Berger, Roger Chartier, a historiadora Sandra J. Pesavento e outros.
O livro terá quatro capítulos. O primeiro irá apresentar a presença e predominância da Igreja Católica no vale do Araranguá de 1727 até 1967; a memória do povoamento de Araranguá e desmembramento político-administrativo de Maracajá. Como também o envolvimento dos fiéis católicos na criação da paróquia de Maracajá, o processo de dinamização do campo religioso, pois, com a ferrovia Tereza Cristina em 1920 surgiu a presença de outras instituições religiosas no distrito de Morretes (atual Maracajá). No capítulo 2, analiso o grupo de católicos na constituição da escola em Morretes por volta de 1929. Apresento o forte envolvimento da Igreja Católica no campo da educação na Escola Mista Desdobrada de Morretes e Escola Reunida Manoel Gomes Baltazar de 1932 até 1959. O terceiro capítulo descreverei a biografia do frei Eusébio Ferreto, pároco que permaneceu na paróquia de Maracajá por um período de 17 anos e sete meses e desenvolveu ações pastorais em diversas áreas da sociedade, principalmente seu envolvimento no campo da educação quanto a construção da nova escola Manoel Gomes Baltazar (1959) e solicitação de religiosas da Congregação de Santa Catarina para atuarem na escola. O capítulo 4 analiso as pedagogias missionárias pelas religiosas e por professores de forma geral, desenvolvidas na escola. Destaca-se os conteúdos didáticos encharcados pelos saberes do catolicismo, o uso do catecismo como material didático, as lembranças das missas realizadas na capela da escola e também quando os professores levavam os estudantes até à igreja Católica. Abordará também ainda a forte presença de Frei Eusébio com as suas visitas na escola dando as bênçãos nos estudantes, incentivando para freqüência nas missas e outras festividades do catolicismo. Ainda nesse capítulo, como a escola Manoel Gomes Baltazar era pública existia a presença de estudantes protestantes pentecostais e será historicizado a recepção do ensino católico para estes estudantes.
A teoria que norteia o livro é a perspectiva de Peter Berger sobre a concorrência no mercado religioso. Ou seja, a Igreja Católica no vale de Araranguá e Maracajá ao perceber a presença de outras instituições religiosas na localidade busca manter seu predomínio no campo religioso e por isso da preocupação da Igreja ter o campo da educação como mais um espaço de divulgação dos saberes católicos.
De forma geral o livro terá grande contribuição para reflexões no campo educacional, práticas pedagógicas, questões do ensino religioso na escola pública, ensino e aprendizagem, currículo e fontes históricas.

Lançamento do Livro

O lançamento será dia 20 de dezembro de 2010, SEGUNDA FEIRA, no centro de Convivência da Terceira idade de Maracajá, na Av. Nossa Senhora da Conceição, com início as 20 horas. Terá a presença de autoridades políticas e religiosas, comerciantes da cidade, professores e diretores da rede municipal e estadual, os professores, alunos e outros profissionais que foram entrevistados para a escrita do livro e de forma geral a população maracajaense e de cidades vizinhas.
Um bom grupo de pessoas, como prefeito Wagner da Rosa, vice-prefeito Everaldo João Pereira, ex-prefeitos Antenor Rocha, Nivaldo José Rosa, David Ramos, vereadores, ex-vereadores, comerciantes local, professores, diretores dos departamentos da prefeitura municipal de Maracajá, autoridades religiosas e outras pessoas adquiriram o livro antecipado e receberão no dia do lançamento em mãos do autor com autógrafos. Será uma ótima oportunidade para rever antigos amigos em uma confraternização tão nobre.
Segundo o autor, “ainda estou finalizando as visitas nos comércios, aos vereadores, ex-prefeitos e demais pessoas para apresentar a proposta da publicação. Até o momento um bom número de pessoas tem colaborado na compra de livros antecipados e dando seu apoio. Pois, não é fácil um autor/ escritor bancar financeiramente a publicação de um livro. Mas como eu conheço o meu povo maracajaense, meus amigos, eu contei com eles para mais esse desafio e tive o retorno positivo da maioria”.
Para os que não adquiriram o livro antecipado, poderão comprar no dia do lançamento. Ele é uma ótima opção de presente para o natal.
Curiosidades do livro

O livro terá uma capa com designer moderno, apresentando um trabalho produzido pelas religiosas da Congregação de Santa Catarina conhecido como jornal “O Estudante”. Na capa desse jornal apresenta uma cruz que representa o imaginário religioso católico na escola, um lírio que significa a paz e um livro, que remete à educação. A capa está introduzindo o conteúdo do livro, que é educação, ensino religioso, ações sociais da paróquia de Maracajá, influência da Igreja Católica na educação e de forma geral em outros setores da sociedade.
Há um diferencial no livro que será tratado a respeito da recepção do ensino católico pelos estudantes evangélicos do período estudado. Será apresentado alguns conflitos, constrangimentos e reflexões significativas para as questões de tolerância religiosa e respeito à diversidade.
Existem muitas reflexões significativas abordadas no livro. Para falar de uma e deixar os leitores curiosos, existe um jogo, conhecido como “Jogo do Concílio”, que foi aplicado em sala de aula pelos professores como um material didático. Este jogo possui um peso muito grande devido a sua importância para o entendimento dos saberes da Igreja Católica, materiais didáticos, currículo e o lúdico em sala de aula.
O livro discorrerá sobre o envolvimento de um bom número de maracajaenses que contribuíram para a constituição da escola na cidade. Foram pessoas que se doaram com benfeitorias de forma voluntária. Desde a construção da antiga escola de madeira e depois da nova, o livro mostrará algumas personalidades, alguns até já partiram para a eternidade, que trabalharam em prol do município de Maracajá e estão nos anais da história.
Para o autor, o livro contribuirá para alicerçar a identidade e memória da população maracajaense, de anunciar às gerações do presente e do futuro que o que existe na cidade foi conseguido com muito trabalho e investimento de muitas pessoas.
A publicação do livro também contribuirá aos antigos e aos atuais moradores de Maracajá que parte da sua história está sendo registrada. Isso oportuniza ao cidadão uma segurança, conforto existencial, o cidadão passa a criar laços afetivos e de identificação com a cidade. De forma geral, as pessoas querem que a história da sua cidade não fique sepultada no túmulo do esquecimento.
Para o autor, a cidade que possui sua história registrada e passa a ser estudada pelos munícipes, cresce culturalmente, economicamente e politicamente. Quem ganha são os moradores maracajaenses.
Importante dizer que o livro tratará de um recorte da história da educação na escola Manoel Gomes Baltazar do período de 1959 até 1976. Isso demarca a presença e saída das religiosas atuando na escola. Nesse sentido, no livro não será tratado toda a história da escola. Por isso que muitas pessoas não foram entrevistadas e suas histórias não serão contempladas literalmente nesse livro. Para o autor, “este livro é apenas uma porta para que novos livros venham ser publicados sobre a história da escola Manoel Gomes Baltazar”.


quarta-feira, 19 de maio de 2010

Ferroviários evangélicos, experiências e estranhamentos no campo da religião: lutas no mercado religioso

Este texto está no site:
Lúcio Vânio Moraes[1]
Doutorando em História Cultural na UFSC


Resumo: O presente texto objetiva refletir sobre as experiências dos trabalhadores da ferrovia Tereza Cristina convertidos ao pentecostalismo em Garajuva, uma localidade rural na cidade de Maracajá, sul de Santa Catarina. Busca-se apresentar como que os ferroviários pentecostais e seus familiares sentiam-se ao pertencerem a uma instituição religiosa que na visão dos fiéis católicos e dos porta-vozes da Igreja Católica, era estar deslocado da “religião católica”, sem “Religião”, “ateu”, “herege”, “traidor” do catolicismo, “pagão”, por desobedecer as ordens do papa e doutrinas da Igreja. Ao desenvolver leituras no campo da religião, baseado em Peter Berger e Pierre Bourdieu, percebe-se disputas, lutas no mercado religioso, ao analisar os depoimentos dos ferroviários evangélicos desse período. A pesquisa revela que em alguns momentos o local de trabalho dos ferroviários era espaço para deboches dos trabalhadores por serem evangélicos e em outras ocasiões, ser evangélico representava status de bom trabalhador, pontual, obediente e outros.
Palavras- chave: Ferroviários, Religião e Mercado religioso.


Ferrovia Tereza Cristina em Maracajá e dinamização do mercado religioso (1920).

Ao analisar especificamente a disputa no mercado religioso em Maracajá, tal fenômeno é demarcado o ano de chegada da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em 1947, na localidade de Garajuva, em virtude da concentração urbana após a chegada da ferrovia Tereza Cristina nessa localidade em 1920. Com sua presença despertou-se um conjunto de representações vinculadas ao progresso, ao crescimento e ao desenvolvimento da região. As pessoas acreditaram que a ferrovia iria desencadear oportunidades para estabelecimento de comércios, para emprego, casas familiares, etc. Esse imaginário social oportunizou o deslocamento de pessoas de outros lugares, um fluxo migratório que contribuiu, assim, para o seu crescimento.
[2] Tais questões possibilitaram maior dinamização no campo religioso, surgindo outras agências do sagrado no mercado, quebrando, assim, a hegemonia do catolicismo desse distrito. Surgem então alguns momentos de estranhamentos (intolerâncias), conflitos no campo da religião em virtude dos porta-vozes da Igreja Católica temer o trânsito de fiéis para outras agências.
Até o presente a pesquisa revela que havia orientação, por parte dos porta-vozes da Igreja, para que os fiéis católicos viessem a resistir, não aceitar que o pentecostalismo se propagasse no lugar. Quem mais instigava a resistência foi um grande proprietário da localidade conhecido por Lucidônio Felisbino, que pedia para que seus empregados atacassem a “religião dos evangelistas”. Por influência dos porta-vozes e desse proprietário em 1948, os católicos puseram fogo ao templo de madeira dos assembleianos, como forma repressão aos evangélicos.
[3] Queimar o templo seria, no pensamento dos católicos, acabar com o que, segundo eles, seria uma outra religião, embora como já apresentado tanto católicos, quanto evangélicos façam parte da mesma religião cristã. Tais resistências dos católicos em aceitar outra Igreja se refletiram também na escola, pois como veremos, as professoras e os estudantes agrediam verbalmente e fisicamente os estudantes assembleianos, imaginando que estes, por causa das muitas dificuldades, negariam suas convicções religiosas.
Com objetivo em entender melhor esse problema ocorrido na localidade de Garajuva, fui em busca de outros indícios. Assim, pesquisei em arquivos da delegacia de polícia de Maracajá e Araranguá, em jornais, imagens, livros Tombo das paróquias e nada encontrei que remetesse a tal acontecimento. O que colhi de fonte até o momento da pesquisa foram os depoimentos de pessoas que vivenciaram a fé pentecostal
[4] e de pessoas católicas[5] que presenciaram o acontecimento.
Há um documento datado de 1958 no qual frei Eusébio apresenta o processo de reação à propagação do pentecostalismo em Garajuva e que nos permite perceber que, dez anos passados da presença da Assembléia de Deus na localidade, ainda é forte a não aceitação de outra igreja na cidade. Ao retroceder dez anos, talvez a resistência tenha sido bem maior, como sugere o incidente da queima do templo. Nesse documento, frei Eusébio solicitava a dom Anselmo de Pietrulla “a devida licença para construir uma capela nova na localidade de Garajuva. A conveniência duma capela em tal localidade é evidenciada pela distancia das demais capelas e matriz, pelo elevado número de fiéis e pela necessária reação dos Católicos contra as seitas protestantes”.
[6]
A invisibilidade de registros em delegacias, processos judiciais e outros veículos de comunicação exigem uma análise mais delicada do ocorrido. Tal silêncio pode se apresentar como indício da predominância católica em todos os setores da sociedade e negação de um processo de perseguição.
Os depoimentos reportam que, pelo fato de os policiais desse período professarem a fé católica, ofereciam cobertura da “lei” aos que realizaram tal resistências. O sr. Valmor Teodoreto Réus coloca que “quando minha mãe foi dar parte no Quarteirão porque uma turma de católicos tentaram me matar afogado, disseram que iriam me batizar, e eles disseram: ‘Não, essa lei [igreja dos assembleianos] aí não se pode fazer nada, tem que deixar’. Eles chamaram os católicos, mas deram proteção. Os delegados diziam que esta lei tem que acabar mesmo.
[7]
É importante colocar que tais resistências não ocorreram somente em Maracajá, mas nas cidades onde houve a presença dos pentecostais, da Igreja Presbiteriana, da Igreja Batista, que também sofreram o apedrejamento de seus templos e outras formas de resistências em Santa Catarina.
Por meio da memória dos filhos de ferroviários pertencentes à Assembléia de Deus, percebe-se que na escola em Garajuva havia, por parte dos professores e de estudantes católicos, indícios que refletem nos porta-vozes do catolicismo um certo medo e ameaça pela possibilidade de trânsito de fiéis católicos para outra agência de mercado. De um modo geral, a pressão por manter a predominância católica no mercado religioso e o desejo de sair vencedora nessa disputa possibilitou surgir entre os fiéis católicos, orientados pelos agentes, um processo de contra-ataque, materialização das resistências nos castigos e ataques verbais, em razão da não-aceitação de outra Igreja.
Dona Terezinha Fernandes, estudante na escola de Garajuva na época, filha do ferroviário sr. Francisco Teodoro Machado, pertencentes à Igreja Assembléia de Deus, revela por meio das suas lembranças que o campo da educação foi espaço de resistência religiosa, quando as professoras possuíam vínculos com o catolicismo e instigavam outras crianças a “atacarem” os “evangelistas”:
Comecei a estudar na escola da Garajuva com sete anos de idade. Ali tinha do 1o até o 4o ano. As minhas professoras ali foi a Norma, Gema, Aneide. A Norma era filha do Lucidônio Filisbino e morava na Garajuva. A Gema residia na Garajuva e era nora do Lucidônio. A Aneide residia em Araranguá e vinha de trem. O Lucidônio era o mais rico da Garajuva. Era empresário e grande perseguidor dos crentes. Ele tomava conta de tudo. Foi ele que construiu a escola. Esse tempo em que eu estava na escola foi em 1950. Foi bem nesse período que teve a presença do evangelho na Garajuva. Por isso que na escola nós fomos perseguidos. As professoras mandavam as crianças baterem em nós por sermos evangelistas. Eu tinha o meu cabelo
comprido e os alunos puxavam, que as mãos deles ficavam cheias de cabelo. Era tanta perseguição que às vezes até me faziam sangue de tanto me bater. Não era somente eu que sofria, como também o Valmor Réus, as irmãs dele, como a Chica, a Vanda (eram as filhas da Diamantina), o meu irmão Alceu. Então nós, crentes, éramos castigados pelas professoras e pelos alunos. As professoras brigavam conosco e nos obrigavam a fazer o sinal da cruz e queriam que nós participássemos na aula de religião. Tinha uma professora que era irmã (institucional) e vinha da cidade de Araranguá para dar aula. Sabe, ela pegava assim em nosso pulso e nos forçava fisicamente para fazer o sinal da cruz e nós não fazíamos porque a mãe nos orientava em casa para não fazer. Ficava com o braço duro para não fazer o sinal. Então por causa disso, nós éramos castigados, ficava encima de grãos de milho e ainda na frente da porta de saída, para quem passasse olhava que estava de castigo por ser rebelde. Elas faziam mesmo para humilhar.
O pai foi também na escola falar com a diretora, que era a filha do Lucidônio. Nesse dia o pai foi porque, de tanto me maltratar, me fizeram sangue. Aí, então, depois não fomos mais forçados a fazer a aula de religião. Na verdade, não era uma disciplina porque não tinha nota. Era somente aula para ensinar coisas da Igreja Católica. A Mafalda era também uma professora brava. Era italiana daquelas carola, bem católica. A dona Gema me beliscava. Nesse tempo elas puxavam a orelha e batiam com vara de marmelo descascado.
[8]
Ao pôr esses depoimentos em análise, percebe-se que não aconteceram por acaso tais resistências. Existem inúmeros motivos que se refletem na escola, como já apresentado, sendo uma problemática no campo religioso na sociedade. Sabe-se, porém, que as memórias, assim como documentos escritos, são construções discursivas, representações de quem registra e lembra. Quanto às lembranças, as palavras de Sandra Pesavento são importantes ao dizer que
aquele que lembra não é mais o que viveu. No seu relato já há reflexão, julgamento, ressignificação do fato rememorado. Ele incorpora não só o relembrado no plano da memória pessoal, mas também o que foi preservado ao nível de uma memória social, partilhada, ressignificada, fruto de uma sanção e de um trabalho coletivo.
[9]

Nesse sentido, as lembranças de dona Terezinha necessitam ser analisadas de forma bastante cuidadosa quanto à questão dos “castigos físicos”, pois nesse período o uso da palmatória, puxões de orelha, ficar de joelhos em grãos de milho e “cheirar porta” era muito comum nas escolas, não se limitando ao tratamento aos evangélicos, mas a todos os estudantes “indisciplinados”. Todavia, como a entrevistada falou sobre a resistência em não querer fazer o sinal da cruz, por exemplo, por ser evangélica, a professora com a visão católica não compreendia a possibilidade de outra opção religiosa, que interpretava como falta de respeito e, por conseqüência, uma indisciplina que merecia ser punida. Em outras palavras, não fazer o sinal da cruz ou não querer participar da aula de Religião teria o mesmo peso de desobediência de um outro estudante católico ou não que bateu em seu colega ou causou qualquer outro dano. É perceptível aí como a questão religiosa no mercado religioso é forte nesse período em Garajuva, a ponto de a estudante ser punida com castigos educacionais e físicos por ser rotulada como indisciplinada ao não comungar com os símbolos católicos reproduzidos na escola.
A visão que os porta-vozes da Igreja transmitiam a seus fiéis era de que outra instituição que não fosse fundada por Cristo não teria condições de ofertar bens de salvação e muito menos ser reconhecida como Igreja, mas como seita que divulga heresias. Nessa lógica, quem não fosse católico era qualificado como “pagão”, “herege”, “traidor da Igreja”, “inimigo”. Entretanto, é perceptível na memória oral que qualificações também foram elaboradas pelos assembleianos aos católicos, tidos como “idólatras”, “perseguidores de Cristo”, “Faraós”, “inimigos do evangelho”. Vale sublinhar que foi justamente nas disputas no mercado com o interesse de manter o capital simbólico e afirmar identidade na cidade que surgiram os discursos carregados de imagens entre os fiéis da Igreja Católica e da Igreja Assembléia de Deus.
Entende-se nesse trabalho, a religião como uma manifestação cultural, e por isso é possível compreender que ao existir uma situação pluralística após a presença de agências no mercado, possibilita surgir uma produção de bens simbólicos nessas religiões, como forma de garantir uma determinada sustentação das suas representações.
Para entender a religião, os pensamentos de Peter Berger alerta que o estudioso da religiosidade não deve se debruçar para entender a religião em sua “essência” ou a “verdade” da religião. A rigor, deve ser estudada enquanto fenômeno cultural e problematizado com a realidade sócio-cultural, como construção humana.
[10]
Pierre Bourdieu também em sua obra A Economia das Trocas simbólicas, desenvolve um capítulo intitulado “gênese e estrutura do campo religioso”
[11] e apresenta de modo original as contribuições de Émile Durkheim e Max Weber, que define a religião como um conjunto de práticas e representações que, grosso modo, se revestem de caráter sagrado. Em suma, o referido autor aborda a religião como linguagem, isto é, sistema de comunicação e de pensamento. Assim,
(...) a religião contribui para a imposição (dissimulada) dos princípios de estruturação da percepção e do pensamento do mundo e, em particular, do mundo social, na medida em que impõe um sistema de práticas e representações cuja estrutura objetivamente fundada em um princípio de divisão política apresenta-se como a estrutura natural-sobrenatural do cosmos.
[12]


Resistências no trabalho: “ser evangelista é dar a sua mulher para o pastor da igreja”.

Dentre as diversas resistências elaboradas pelos fiéis católicos, os pentecostais, além dos estranhamentos físicos, verbalizados, foram alvos também de deboches e calúnias no local de trabalho. Por meio dos depoimentos, nota-se que enquanto os ferroviários convertidos ao pentecostalismo estavam em horário de trabalho com o grupo, trabalhadores de fé católica buscavam ter a vida particular do “evangelista” em pauta para fofocas e piadinhas. Na memória do ferroviário sr. Francisco Teodoro Machado,
Nós trabalhávamos na ferrovia arrumando os trilhos em turma, e depois que eu me converti ao evangelho, ficava mais retirado para não se juntar com as práticas do mundo. Pois, em conversas de grupos de homens só se escuta coisas que não edifica a alma. Os crentes ficavam também retirados porque constantemente os turmeiros vinham com palavras de zombarias e muitas vezes pesada, nos chamando de traidores da Igreja Católica e outras coisas. Quase sempre nos horários do café ou almoço que se reuniam o maior número de turmeiros, eles cutucavam com os evangélicos. Diziam que nós evangelistas deveriam dar nossa mulher (na visão de transar com ela) para o pastor da igreja a hora que ele bem entendia, porque ele mandava em nós. Eles riam, jogavam piadinhas para nós, perguntando se o evangélico transava com a mulher. Eles pensavam assim imaginando ser pecado
[13].

Nesse período ser evangélico era ter uma separação radical das coisas que pertencia ao mundo, ou seja, bebidas do álcool, consumo de cigarro, danças, jogos, prostituições, adultério, fornicação, piadas imorais, ofensas e outros comportamentos que viessem, no pensamento dos pentecostais, a distanciar-lhes da presença de Jeová Deus e do Espírito Santo. Tais coisas eram praticadas pelos evangélicos ferroviários e isso trazia para o patrão (mestre de linha) benefícios para o bom andamento do trabalho. Pois, os evangélicos não consumiam bebida de álcool, não participavam de danças e eram mais pontuais no trabalho nos período da manhã. Na fala do sr. Valmor Teodoreto Réus, na época era jovem e evangélico que trabalhava na ferrovia, nota-se ser evangélico em alguns momentos teve significância pelo fato do crente converso na visão capitalista possibilitar maior produção enquanto trabalha.
Olha o crente aqui em Garajuva foi perseguido, foi atacado fisicamente e verbalmente. Teve uma vez que teve muitos crentes trabalhando na rede ferroviária Tereza Cristina, e um certo dia, o padre Tiago e o frei Eusébio chegou para o mestre de linha que tirasse os evangelistas do trabalho, porque essa gente não merece trabalhar, tem que passar fome, são uns herege, desobedientes. Falava de tudo de nós e ai mais na frente ficamos sabendo que o mestre de linha mesmo sendo católico, disse ao padre, que nós não tínhamos religião, mas éramos trabalhadores, pontuais, não fizemos mau a ninguém. Disseram que o padre atentou muitas vezes, dizendo que era até ordem da diocese de Tubarão, porque nós iríamos espalhar uma semente ruim no meio dos fiéis católicos. E nós continuamos a trabalhar, mesmo com as perseguições, depois de um tempo nós passamos a pregar para os amigos do trabalho, mas eles não aceitavam que nós falássemos.
[14]

Para finalizar, é perceptível em outros documentos em Maracajá e no mesmo período, que em certo momento a Igreja Católica possuía maior atuação e poder sobre os locais públicos e privado. Como aparece no relato acima, o pároco local chegou a ter comunicação com o bispo diocesano para retirar um funcionário pentecostal da rede ferroviária o que não teve sucesso. Porém, em outro momento, que não era mais o mesmo mestre de linha (funcionário que organizava os trabalhadores turmeiros da ferrovia), por ter parentes bastante resistentes ao pentecostalismo, foi influenciado em não aceitar evangélicos no trabalho, ou quando aceitava, tornava-se como relata os ferroviários evangélicos “uma pedra no sapato”, por exigir demais dos trabalhadores pentecostais.
[15]

BIBLIOGRAFIA

BERGER, Peter Ludwing. O Dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo: Paulinas, 1985, p.21(Coleção Sociologia e Religião 2).

BORDIEU, Pierre. A Economia das trocas simbólicas. Tradução: Sérgio Miceli. 3.ed. 1974.

MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 65-66.
______. Resistências e Perseguições no Cotidiano da Fé: O Ataque ao Templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Maracajá - SC (1947-1948). Mídia e Cidadania, 2006, Florianópolis. XI Encontro Estadual de História: Mídia e Cidadania (Anpuh). Fl

PESAVENTO, Sandra. História & História Cultural. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Coleção História & Reflexões).

FONTES CONSULTADAS

FONTES ORAIS

Dona Alcendina Celso Freitas. Entrevista dia 14/8/2003.
Dona Diamantina Bertolina Réus, 84 anos.
D. Docinéia Machado dos Santos, 42 anos.
Dona Maria Albino Machado, 79 anos.
D. Eva Machado Rodrigues, 57 anos.
Sr. Euclides Demétrio da Rocha. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 7/4/2007.
Sr. Francisco Teodoro Machado, 82 anos.
Sr. Valmor Teodoreto Réus.
Dona Vanda Réus Cardoso. Entrevistas dias 16/4/2004; 22/3/2008.
Dona Terezinha Fernandes. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 20/3/2008.


DOCUMENTOS ESCRITOS

Ofício da Diocese de Tubarão. 27/5/1958. Arquivo da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Maracajá.

[1] Mestre em Educação na UNESC (Universidade do Extremo Sul Catarinense)-Criciúma-SC e doutorando em História Cultural na UFSC (Florianópolis-SC). E-mail: lucio.v.m@bol.com.br
[2] MORAES, Lúcio Vânio. Estradas retilíneas: a presença da Estrada de Ferro Dona Tereza Cristina em Maracajá (1920-1967). Cidade, memória e vida urbana. 2004. Monografia de Conclusão de Curso em História – UNESC, Criciúma (SC), p. 65-66.
[3] MORAES, Lúcio Vânio. Resistências e Perseguições no Cotidiano da Fé: O Ataque ao Templo da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Maracajá - SC (1947-1948). Mídia e Cidadania, 2006, Florianópolis. XI Encontro Estadual de História: Mídia e Cidadania (Anpuh). Florianópolis: UFSC, 2006.
[4] Dona Diamantina Bertolina Réus, 84 anos. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 5/8/2002; 15/8/2002; 1/10/2002. D. Docinéia Machado dos Santos, 42 anos. Entrevista dia 21/12/2002. D. Eva Machado Rodrigues, 57 anos. Entrevista dia 28/11/2002. Dona Maria Albino Machado, 79 anos. Entrevistas dias 11/7/2002; 18/7/2002. Sr. Francisco Teodoro Machado, 82 anos. Entrevistas dias 11/7/2002; 18/7/2002. Sr. Valmor Teodoreto Réus. Entrevistas dias 5/8/2002; 15/8/2002; 1/10/2002. Dona Vanda Réus Cardoso. Entrevistas dias 16/4/2004; 22/3/2008.
[5] Sr. Euclides Demétrio da Rocha. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 7/4/2007; Dona Alcendina Celso Freitas. Entrevista dia 14/8/2003.
[6] Ofício da Diocese de Tubarão. 27/5/1958. Arquivo da paróquia de Maracajá.
[7] Sr. Valmor Teodoreto Réus. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 15/8/2002.
[8] Dona Terezinha Fernandes. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 20/3/2008.
[9] PESAVENTO, Sandra. História e História Cultural, p. 95.
[10]BERGER, Peter Ludwing. O Dossel sagrado: elementos para uma teoria sociológica da religião. São Paulo: Paulinas, 1985, p.21(Coleção Sociologia e Religião 2).
[11] Esse capítulo se estende da página 27 até 78.
[12] BORDIEU, Pierre. A Economia das trocas simbólicas. Tradução: Sérgio Miceli. 3.ed. 1974, p. 33-34.
[13] Sr. Francisco Teodoro Machado. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 25/3/2003.
[14] Sr. Valmor Teodoreto Réus. Entrevista concedida a Lúcio Vânio Moraes em 15/8/2002.
[15] Entrevista com sr. Valmor Teodoreto Réus, sr. Francisco Teodoro Machado.